Confira a entrevista com o guitarrista da banda, o Mucura (Rodrigo Condurú) ;)
Senhorita Matos - Como foi que surgiu o projeto LETRAC? Vocês tem quanto tempo de estrada?
LETRAC- Eu estava na minha antiga banda, o Midríase, e minha tendência na guitarra ia cada vez mais para Rock ‘n Roll e para Metal em geral. Em compensação, o outro guitarrista, que também era vocalista, caminhava para uma guitarra mais moderna e alternativa. Isso acabou nos distanciando musicalmente. E na hora da criação das músicas, como éramos pessoas bem mais novas, e cheias de testosterona e egocentrismo típico de guitarristas, não entravamos em consenso. Acabou que banda se desligou e quando voltou, voltou sem mim. AHahahahhahah ... Dai decidi montar um novo projeto com integrantes diferentes, e com a sonoridade baseada no rock ‘n roll setentista misturado com Stoner Rock e Heavy Metal, em principal foco, o Thrash. A banda começou meio desorientada, e fomos tirando peças que não funcionavam e colocando outras mais funcionais, até que entrou o Will, que também abraçou o projeto e fizemos a história que o LETRAC tem hoje. Lembrando, que no passar do tempo, o LETRAC acabou sendo abraçado pelos ex-integrantes do Midríase, hoje a banda é quase a mesma.
Senhorita Matos - Quais são os integrantes atuais da banda?
LETRAC - Pois é, a banda agora possui meio que duas formações. O fato é, que agora estamos em duas cidades diferentes. Então temos duas formações, a original: Eu, Will (Vocal), Arthur (Guitarra), Bokaum Jr. (Bateria) e Rodolpho Cooper (Baixo). E uma formação paralela que foi criada para fazermos a divulgação em São Paulo: Eu (Guitarra), Wil (Vocal), Marcelo (Guitarra), Kalil (Bateria) e Rodolpho Cooper (baixo).
Senhorita Matos - Por que Letrac?
LETRAC - Quando começamos a banda, o cenário de belém estava uma merda, com todo respeito as bandas que rolavam em Belém na época, mas era uma série de bandas indie que misturavam los hermanos com the strokes. Po, uma banda assim era até original, mas as 500 que tinham em Belém, era um caralho voador. Era um saco! O pior era a panelinha, se tu ouvisse uma banda, teria que ouvir as mesmas outras de sempre. E na época, as bandas boas tinham sumido e produtores que estavam atuando em Belém, só gostavam desse estilo de rock. Era um cenário de bandas panelinhas, que se acham rockstar e que tocavam a mesma merda. Tá e que que isso tem a haver com o nome da banda? O LETRAC nasceu para estar fora desse cartel, para ser o inverso dele. LETRAC é o inverso da palavra cartel.
Senhorita Matos - Quais as principais influências de vocês?
LETRAC - Acho que na banda, todo mundo tem influências diferentes. Mas entre as bandas que colocamos elementos no nosso som, destacaria: Alabama Thunderpussy, Black Sabbath, Motorhead, Deep Purple, Metallica, Down, Unida, entre outras
Senhorita Matos - Quem compõe e quais são as motivações?
LETRAC - Pois é, no primeiro disco, esse que ainda vai sair, metade das letras foram escritas por mim e a outra metade pelo o will. As do will são mais poéticas e realmente não sei o que o inspira. Mas as minhas vem do cotidiano. Se você for ver, “Labuta de la puta”, “Aroma de Bordel”, “40º” é tudo cotidiano virando música, já “Inferno” foi mais viagem, mas baseada em algo do cotidiano, a raiva dos políticos brasileiros.
Senhorita Matos - Quais foram (ou quais são) as dificuldades pra levar adiante o LETRAC?
LETRAC - Além de todas as dificuldades que uma banda independente passa, o cenário do Rock é meio desunido, saca? Infelizmente não funciona assim "De quem é novo merece uma oportunidade" ou "de bandas boas serem valorizadas". Existe muita panela no cenário, muita picuinha, tem muita banda que só sabe ficar falando mal das outras bandas na internet. Quando o LETRAC se jogou no cenário, fazíamos eventos também, e convidávamos outras bandas de estilos diferentes para tocar conosco. Mas quando eles tinham a oportunidade de nos chamar, não chamavam, faziam suas panelinhas. Ou então falavam que iam chamar a gente e não chamavam. Até evento onde nossa banda estava escala para tocar, na hora sacaram a gente, sendo que fomos a única banda que chegou no horário para passagem de som, fomos organizados e profissionais, e por culpa da organização, que atrasou o evento, decidiram fuder com a banda que não era da panelinha, sacaram a gente, e as outras bandas tocaram. Sorte que temos, também, bandas descentes e formadores de opinião, como o Jayme Catarro, nesse cenário. O que todo mundo deveria saber é que, banda estrela no cenário independente é mesma coisa que assinar um documento afirmando que todos da banda são uns completos imbecis. Detalhe, está cheio de bandas que já assinaram esse documento aí no cenário de Belém. Enfim, a outra dificuldade que enfrentamos é a distância dos integrantes do projeto. Mas esse projeto jamais irá morrer, porque conhecemos nossa capacidade e amamos o projeto.
Senhorita Matos - Bom, já que estamos falando de dificuldades .. .Além do fato da falta de união, que predomina no cenário do rock e suas vertentes, quais são as outras dificuldades pra levar uma banda de rock adiante?
LETRAC - Todas! O tempo do rock meio que passou, saca? Não que tenha morrido, até porque o rock queira você ou não, é a musica popular do mundo. Todo o mundo ouve. Não que tenha acabado, mas pelo fato do mundo estar de cabeça para baixo,
as dificuldades são muitas para você mostrar seu som. Hoje não se valoriza letras poéticas ou belas, hoje não se valoriza a bela música, não se valoriza arranjos bonitos ou agressivos. Somos bombardeados por uma mídia que só nos impõe porcaria. Olha o porra do Latino ai, o cara não escreve uma música que presta, a musicalidade passa a barreira pobreza absoluta, é miserável. E o desgraçado ta na rádio, na tv, na casa do caralho. E até mesmo dentro do rock ta um merda. Está tudo errado. Os rockeiros hoje são preconceituosos, cabeças fechadas, imutavéis. O rock virou o abrigo das pessoas que precisam aparecer diante da sociedade. O abrigo de pessoas que querem se fazer de diferente, que tem algum problema anti-social. E ao contrário disso, o rock no início era a paz, a indignação, era quebrar valores, quebrar conceitos, era música, era sentir a música, era se divertir com a música. Infelizmente tenho que ver hoje estilos de rock que mais me parecem vitrine de lojas de grife ou então bandas, que quanto mais horripilantes e inaudíveis forem, se acham mais tr00s. Agora nós, que somos rockeiros fazendo som para rockeiros de verdade, como nos encaixamos nisso? Sabe Deus!
Senhorita Matos - Vocês ganharam o 2º lugar (me corrija se estiver errada) no CCAA FEST 2010, em Belém do Pará. Como foi participar desse evento?
LETRAC - Foi massa! Tinha muita banda boa. Lá sim, se dá oportunidade para bandas novas e boas aparecerem. Do CCAA FEST, saímos nós, o Myttus, o Lapidação poética, o Inverso Falante, Tenebrys e tanta outras bandas boas, saca? Enfim ... sobre a premiação é o seguinte, como vai haver juízes para julgar uma banda? Lógico que isso é tendencioso, mas de qualquer forma, o trabalho do CCAAFest é excelente, ajuda muito bandas que estão começando. Se coisas assim fossem feitas por todas as escolas de inglês, teríamos um cenário mais competente e mais forte. Ahhhh lembrando, graças a essa premiação que ganhamos o clip que está no myspace, depois deem uma olhada lá.
Senhorita Matos - Quais são os projetos de vocês pro futuro?
LETRAC – Primeiramente lançar esse cd que nós fez ficar parado por quase um ano. Mas o bicho está pronto. Agora estamos atrás de selo ou sei lá, ajuda divina ... ahahahhahahaha ... mas enfim, pretendemos fazer o lançamento em São Paulo e em Belém, provavelmente em meados de Outubro. Ainda mais agora que estamos com uma produtora brutal, que nos colocou na linha. Segundo semestre estamos na área.
Senhorita Matos - Qual é a mensagem que vocês tem pra galera que está começando agora e já sacou as dificuldades do cenário do rock local?
LETRAC - Brother, se você está entrando no cenário pra ser mais um banda com o som parecido com alguma outra banda que também é parecido com alguma coisa, dançando parece o Marcelo Camelo, agindo que nem um nerd, tocando aqueles riffs de vídeo game e sem a menor atitude. Faça um gesto positivo a cenário. Compre uma guitarra do Guitar Hero e vire um rock star. Mas não fique poluindo o cenário. Não importa o estilo que você toque, tenha atitude. Seja rock n roll mesmo. Não estou falando do estereótipo do cara todo de preto e usando cuturno. O Rock 'n roll está na atitude, e na forma como vemos a vida. Assim, vocês no mínimo vão se divertir no cenário. E se divertir é bom, principalmente com cerveja, mulheres e amigos para comemorar.
LETRAC- Eu estava na minha antiga banda, o Midríase, e minha tendência na guitarra ia cada vez mais para Rock ‘n Roll e para Metal em geral. Em compensação, o outro guitarrista, que também era vocalista, caminhava para uma guitarra mais moderna e alternativa. Isso acabou nos distanciando musicalmente. E na hora da criação das músicas, como éramos pessoas bem mais novas, e cheias de testosterona e egocentrismo típico de guitarristas, não entravamos em consenso. Acabou que banda se desligou e quando voltou, voltou sem mim. AHahahahhahah ... Dai decidi montar um novo projeto com integrantes diferentes, e com a sonoridade baseada no rock ‘n roll setentista misturado com Stoner Rock e Heavy Metal, em principal foco, o Thrash. A banda começou meio desorientada, e fomos tirando peças que não funcionavam e colocando outras mais funcionais, até que entrou o Will, que também abraçou o projeto e fizemos a história que o LETRAC tem hoje. Lembrando, que no passar do tempo, o LETRAC acabou sendo abraçado pelos ex-integrantes do Midríase, hoje a banda é quase a mesma.
Senhorita Matos - Quais são os integrantes atuais da banda?
LETRAC - Pois é, a banda agora possui meio que duas formações. O fato é, que agora estamos em duas cidades diferentes. Então temos duas formações, a original: Eu, Will (Vocal), Arthur (Guitarra), Bokaum Jr. (Bateria) e Rodolpho Cooper (Baixo). E uma formação paralela que foi criada para fazermos a divulgação em São Paulo: Eu (Guitarra), Wil (Vocal), Marcelo (Guitarra), Kalil (Bateria) e Rodolpho Cooper (baixo).
Senhorita Matos - Por que Letrac?
LETRAC - Quando começamos a banda, o cenário de belém estava uma merda, com todo respeito as bandas que rolavam em Belém na época, mas era uma série de bandas indie que misturavam los hermanos com the strokes. Po, uma banda assim era até original, mas as 500 que tinham em Belém, era um caralho voador. Era um saco! O pior era a panelinha, se tu ouvisse uma banda, teria que ouvir as mesmas outras de sempre. E na época, as bandas boas tinham sumido e produtores que estavam atuando em Belém, só gostavam desse estilo de rock. Era um cenário de bandas panelinhas, que se acham rockstar e que tocavam a mesma merda. Tá e que que isso tem a haver com o nome da banda? O LETRAC nasceu para estar fora desse cartel, para ser o inverso dele. LETRAC é o inverso da palavra cartel.
Senhorita Matos - Quais as principais influências de vocês?
LETRAC - Acho que na banda, todo mundo tem influências diferentes. Mas entre as bandas que colocamos elementos no nosso som, destacaria: Alabama Thunderpussy, Black Sabbath, Motorhead, Deep Purple, Metallica, Down, Unida, entre outras
Senhorita Matos - Quem compõe e quais são as motivações?
LETRAC - Pois é, no primeiro disco, esse que ainda vai sair, metade das letras foram escritas por mim e a outra metade pelo o will. As do will são mais poéticas e realmente não sei o que o inspira. Mas as minhas vem do cotidiano. Se você for ver, “Labuta de la puta”, “Aroma de Bordel”, “40º” é tudo cotidiano virando música, já “Inferno” foi mais viagem, mas baseada em algo do cotidiano, a raiva dos políticos brasileiros.
Senhorita Matos - Quais foram (ou quais são) as dificuldades pra levar adiante o LETRAC?
LETRAC - Além de todas as dificuldades que uma banda independente passa, o cenário do Rock é meio desunido, saca? Infelizmente não funciona assim "De quem é novo merece uma oportunidade" ou "de bandas boas serem valorizadas". Existe muita panela no cenário, muita picuinha, tem muita banda que só sabe ficar falando mal das outras bandas na internet. Quando o LETRAC se jogou no cenário, fazíamos eventos também, e convidávamos outras bandas de estilos diferentes para tocar conosco. Mas quando eles tinham a oportunidade de nos chamar, não chamavam, faziam suas panelinhas. Ou então falavam que iam chamar a gente e não chamavam. Até evento onde nossa banda estava escala para tocar, na hora sacaram a gente, sendo que fomos a única banda que chegou no horário para passagem de som, fomos organizados e profissionais, e por culpa da organização, que atrasou o evento, decidiram fuder com a banda que não era da panelinha, sacaram a gente, e as outras bandas tocaram. Sorte que temos, também, bandas descentes e formadores de opinião, como o Jayme Catarro, nesse cenário. O que todo mundo deveria saber é que, banda estrela no cenário independente é mesma coisa que assinar um documento afirmando que todos da banda são uns completos imbecis. Detalhe, está cheio de bandas que já assinaram esse documento aí no cenário de Belém. Enfim, a outra dificuldade que enfrentamos é a distância dos integrantes do projeto. Mas esse projeto jamais irá morrer, porque conhecemos nossa capacidade e amamos o projeto.
Senhorita Matos - Bom, já que estamos falando de dificuldades .. .Além do fato da falta de união, que predomina no cenário do rock e suas vertentes, quais são as outras dificuldades pra levar uma banda de rock adiante?
LETRAC - Todas! O tempo do rock meio que passou, saca? Não que tenha morrido, até porque o rock queira você ou não, é a musica popular do mundo. Todo o mundo ouve. Não que tenha acabado, mas pelo fato do mundo estar de cabeça para baixo,
as dificuldades são muitas para você mostrar seu som. Hoje não se valoriza letras poéticas ou belas, hoje não se valoriza a bela música, não se valoriza arranjos bonitos ou agressivos. Somos bombardeados por uma mídia que só nos impõe porcaria. Olha o porra do Latino ai, o cara não escreve uma música que presta, a musicalidade passa a barreira pobreza absoluta, é miserável. E o desgraçado ta na rádio, na tv, na casa do caralho. E até mesmo dentro do rock ta um merda. Está tudo errado. Os rockeiros hoje são preconceituosos, cabeças fechadas, imutavéis. O rock virou o abrigo das pessoas que precisam aparecer diante da sociedade. O abrigo de pessoas que querem se fazer de diferente, que tem algum problema anti-social. E ao contrário disso, o rock no início era a paz, a indignação, era quebrar valores, quebrar conceitos, era música, era sentir a música, era se divertir com a música. Infelizmente tenho que ver hoje estilos de rock que mais me parecem vitrine de lojas de grife ou então bandas, que quanto mais horripilantes e inaudíveis forem, se acham mais tr00s. Agora nós, que somos rockeiros fazendo som para rockeiros de verdade, como nos encaixamos nisso? Sabe Deus!
Senhorita Matos - Vocês ganharam o 2º lugar (me corrija se estiver errada) no CCAA FEST 2010, em Belém do Pará. Como foi participar desse evento?
LETRAC - Foi massa! Tinha muita banda boa. Lá sim, se dá oportunidade para bandas novas e boas aparecerem. Do CCAA FEST, saímos nós, o Myttus, o Lapidação poética, o Inverso Falante, Tenebrys e tanta outras bandas boas, saca? Enfim ... sobre a premiação é o seguinte, como vai haver juízes para julgar uma banda? Lógico que isso é tendencioso, mas de qualquer forma, o trabalho do CCAAFest é excelente, ajuda muito bandas que estão começando. Se coisas assim fossem feitas por todas as escolas de inglês, teríamos um cenário mais competente e mais forte. Ahhhh lembrando, graças a essa premiação que ganhamos o clip que está no myspace, depois deem uma olhada lá.
Senhorita Matos - Quais são os projetos de vocês pro futuro?
LETRAC – Primeiramente lançar esse cd que nós fez ficar parado por quase um ano. Mas o bicho está pronto. Agora estamos atrás de selo ou sei lá, ajuda divina ... ahahahhahahaha ... mas enfim, pretendemos fazer o lançamento em São Paulo e em Belém, provavelmente em meados de Outubro. Ainda mais agora que estamos com uma produtora brutal, que nos colocou na linha. Segundo semestre estamos na área.
Senhorita Matos - Qual é a mensagem que vocês tem pra galera que está começando agora e já sacou as dificuldades do cenário do rock local?
LETRAC - Brother, se você está entrando no cenário pra ser mais um banda com o som parecido com alguma outra banda que também é parecido com alguma coisa, dançando parece o Marcelo Camelo, agindo que nem um nerd, tocando aqueles riffs de vídeo game e sem a menor atitude. Faça um gesto positivo a cenário. Compre uma guitarra do Guitar Hero e vire um rock star. Mas não fique poluindo o cenário. Não importa o estilo que você toque, tenha atitude. Seja rock n roll mesmo. Não estou falando do estereótipo do cara todo de preto e usando cuturno. O Rock 'n roll está na atitude, e na forma como vemos a vida. Assim, vocês no mínimo vão se divertir no cenário. E se divertir é bom, principalmente com cerveja, mulheres e amigos para comemorar.
Contatos da banda:
Aroma de Bordel
Myspace: http://www.myspace.com/letracrock
Blog: http://letracrock.blogspot.com/
Twiiter: @letracrock
Fones:
- (11)70166710
- (11) 82926586
- (91) 81007866
- (91) 81137240
- (91) 96076176
Até a próxima ;)
Att, Senhorita Matos.
Att, Senhorita Matos.
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